sábado, 10 de maio de 2008

A Amazônia é nossa?




O mundo está de olho na Amazônia, todos querem que ela seja riqueza mundial. Depois da Guerra Fria houve uma retomada à discussão de “internacionalização da Amazônia”. Agora a situação pode ter sido amenizada pela crise no Iraque e um possível desvio do foco de atenção. Mas brevemente é possível que as atenções transfiram-se do petróleo para a água. No próximo século a escassez trará uma super-valorização.
As riquezas naturais no local são muitas: sementes, variedade de fauna e flora e principalmente minerais. A riqueza amazônica não está só sobre o solo, mas também sob ele. E o mais complicado, muito do que está ali não está ao controle de nossos olhos. O que acontece freqüentemente passa pelo roubo de material genético indígena, de mudas de plantas, expropriação do conhecimento popular e desenvolvimento de patentes pelas grandes indústrias farmacêuticas internacionais.
Historicamente, no discurso mundial sempre se falou em trocar as florestas Brasileiras pelo pagamento de dívidas ou proteção internacional. Um fato marcante foi em 1989 quando o então presidente José Sarney foi convidado para uma reunião do G7 que discutiria o tema. Em 1990 o Congresso de Ecologistas alemães propôs que “só a internacionalização pode salvar a Amazônia”. Daí então, concordo e peço permissão para citar Padre Antônio Vieira: ELES NÃO QUEREM O NOSSO BEM, ELES SÓ QUEREM OS NOSSOS BENS.
Alguns dizem que não é preciso internacionalizar a Amazônia, pois ela já está internacionalizada pela presença de capital estrangeiro na região. Embora os militares sustentassem a idéia contra a internacionalização, o período em que mais se entrou capital do exterior na região foi a Ditadura Militar. Não existe uma exploração ostensiva e descarada, mas verdade é que quem se interessa pelo que ali está dali retira sem que tenhamos um controle efetivo. Pois em algumas áreas não se tem presença física de governo nem ocupação populacional. Resgatando fatos: a interiorização do povo brasileiro, saindo do litoral para o centro do país foi estimulada para uma defesa e manutenção do território, que culminou com a criação de Brasília, entre outras motivações. Mas como realizar o mesmo na Amazônia, a ocupação “civilizatória” da região com construção de metrópoles aniquilaria a floresta e as culturas indígenas. Houve tentativas de envio de sem-terras como uma desculpa de reforma agrária. Se devastar a Amazônia pela perspectiva de agricultura e pecuária também seria um crime, além de desmatamento, encontrar-se-ia solos arenosos.
A vulnerabilidade da situação é imensa. O fato de existirem reservas indígenas com certa autonomia de preservação e estatuto próprio abre a possibilidade de discussão internacional no que diz respeito à soberania limitada do governo brasileiro. A presença de fortes de proteção à fronteira freqüentemente entram em conflitos com comunidades indígenas.
As tentativas de proteção à Amazônia são bem intencionadas, mas nada são frente ao interesse do mundo todo. Eu me pergunto se quando as pressões se intensificarem quais as linhas gerais que o próximo governo seguirá em nome de negociações políticas. Até que ponto as relações estáveis com o Brasil são importantes para cada país no cenário internacional. Não duvido que a importância seja grande, principalmente como país chave na América Latina.
Qual vai ser a postura dos negociantes? Será que tudo será resolvido amigavelmente, fazendo concessões até que percamos a Amazônia sem percebermos, ou será que o governo e a sociedade sustentarão a defesa Amazônica até a última instância, mesmo que para isso seja preciso enfrentar uma guerra.
Como deveria ser essa guerra. Do nosso ponto de vista não deveríamos pensar em defesas que não são novas. Os militares muitas vezes pensam nas formas tradicionais, como por exemplo, instalação de fortes. Mas, para defender a Amazônia precisa-se do homem Amazônico, que fará um grande diferencial em estratégias de sobrevivência na selva e táticas de guerrilha, pois contra o inimigo, tecnologia é determinante não é determinação. E quem é o inimigo? Atualmente o EUA é o único país que tem condições militares de ocupar a Amazônia. E então, ocupação é diferente de guerra, pois todas as guerras em que não se angariou apoio popular observaram-se derrotas. O exemplo mais famoso disso é o Vietnã.
O cerco estaria se fechando? Há milhares de ONGs e empresas estrangeiras atuando no Brasil. Há várias bases americanas na América do Sul em pontos estratégicos tais como Venezuela e Colômbia. Enquanto isso, a ONU teoricamente gere negociações amigáveis, mas na prática não devemos nos iludir, ela reflete a posição dos mais poderosos.
Se a guerra vier de fato a ocorrer, poderemos considerar um dos auges da alienação humana em nome de poder, pois pelo que se briga é exatamente as riquezas naturais que estão em questão devido à grande fragilidade do meio ambiente e do planeta Terra, e a guerra viria destruir o que se quer ter.
Um dos maiores desafios geográficos do futuro é a Amazônia. Não há área no mundo internacionalizada, com muita propriedade Cristóvão Buarque, em debate nos Estados Unidos respondeu ao questionamento sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem que o argüiu introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Eis a resposta do ex-governador do Distrito Federal:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.
Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar o diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as Reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano.
Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA.
Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
Nos seus debates, os atuais candidatos a presidência dos EUA tem defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir a escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.
Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa!".


Esta matéria foi publicada no New York Times/Washington Post, Today e nos maiores jornais da Europa e Japão. No Brasil ela não foi publicada. A questão é muito complexa para a deixarmos de lado. A mídia tem papel fundamental na situação: influenciar é poder, e portanto, mídia é poder. Falar em Democracia no Brasil é falar em democratização dos meios. Devemos pensar uma recriação de projeto Brasil que será desencadeada por opiniões populares, organizações e governo caminhando de mão dadas, que trate a Amazônia não como uma redoma, mas com grande cuidado. Se pararmos para pensar, pode ser que se encontra aí um ponto fundamental para alterações no curso da história do Brasil e do mundo. Ou será que disfarçadamente a Amazônia já está internacionalizada e será cada vez mais?
Marina Ricciardi

Sociedade da Informação

O que somos nós senão fluxo de informação? Desde os primórdios da humanidade e a partir da idade infantil somos guiados pelo fluxo da informação – aprendizado cultural que caracteriza e diferencia os homens dos demais animais. É a partir disso que são transmitidos os conhecimentos de produção dos mais elementares aos mais sofisticados instrumentos e técnicas de sobrevivência. Essa capacidade de armazenar conhecimento e transmiti-lo é uma característica humana que se dá graças ao fluxo de informação – imaginem se a cada geração tivéssemos que inventar a roda. Nós não só guardamos o conhecimento da roda, como somos capazes de aperfeiçoá-la graças ao conhecimento adquirido.
Apesar de o homem sempre ter sido informacional, a sociedade da informação propriamente dita começou recentemente, e o que a determina é a velocidade e a distância que as informações percorrem, sempre vindo de outros. O planeta se transforma em um ovo eletrônico encoberto por redes, que interligam tudo e todos, formando uma comunidade terrestre em que a Terra se torna uma aldeia global. O conceito de aldeia global proposto por McLuhan não é novo, mas ele se torna cada vez mais uma realidade.
No entanto, essa mudança do mundo não é homogênea – a sociedade da informação também gerou exclusão, principalmente no que se trata de acessibilidade a tecnologias e informações de maneira igualitária. Sabemos que muitas pessoas não têm acesso sequer às necessidades básicas, quanto menos às novidades tecnológicas. No entanto, presenciamos uma inversão nos valores de necessidades – as básicas não são mais as primeiras a serem atendidas, hoje, em alguns lares gasta-se mais com informação do que com alimentação.
Cada um de nós se vê acometido pela Síndrome do excesso de informação, sempre achamos que precisamos saber algo mais, pois sempre tem algo mais disponível na rede. Essa sede torna-se uma busca sem fim. Não conseguimos mais sossegar nossas cabeças com a sensação de dever cumprido. Por exemplo, as notícias RSS das agências especializadas, lotam sua caixa de email diariamente, possibilitando a facilidade e o dever de se manter informado a todo momento. Aliás, depois que inventaram o email os executivos, os estudantes e qualquer pessoa comum que tenha uma atividade externa não pode mais ter o gozo de se desligar do serviço aos fins de semana, pois sempre abrirá um email profissional nesses dias.
O cuidado a se tomar é que a necessidade de informação e tecnologia não vire dependência – hoje é praticamente impossível para as pessoas que estão incluídas nessa mudança passar um dia sem acessar a internet, ela já se tornou parte do nosso cotidiano. Também os celulares, quem hoje consegue ir à praia, desligar o celular e esquecer-se do mundo? Esse é um luxo para pouquíssimos, pois a sociedade da informação nos abrigou a abrir mão do privilégio de desligar-se, sendo que só percebemos que estamos circundados e presos aos percalços dessa nova realidade quando tudo isso se torna extremamente incômodo.
A situação não é de toda má. Trata-se de um avanço para humanidade, que os homens precisam aprender a conviver com e administrar. As pessoas que presenciam tal transição podem sentir-se incomodadas, mas para a nova geração trata-se de algo natural. Para eles é inconcebível a vida sem tecnologias da informação, pois já nascem na Sociedade da Informação, cada vez mais digitalizada e personalizada.

Marina Ricciardi



segunda-feira, 5 de maio de 2008

حرب 战 , guerra, war, guerre, война, zhàn


Lutas por interesses existem antes de muitos de nós estarmos neste mundo.
Sempre houve a busca exagerada pelo poder supremo, seja em grupos, cidades,
estados, países e mundo. Para que este seja alcançado, muitas vezes é necessário a utilização de meios des humanos para consegui-lo. Surgem, a partir disso, o roubo, a desmoralização, a morte, a imposição de valores, destruição de famílias, alienação, etc.

De acordo com o dicionário a palavra república república do Lat. re + publica, coisa
pública. s. f., negócios públicos; regime em que que se tem em vista o interesse
geral de todos os cidadãos e em que o Chefe de Estado é eleito, exercendo um
mandato temporário.
Os chefes de estados, vulgo presidentes da república, que poderiam ser chamados
de presidentes dos seus próprios interesses, fazem e desfazem acordos, se unem e desunem à outras nações, julgam e desjulgam o que é correto.
"...esses são apenas os patéticos vilões da nossa história." ( Batedores/ MUNDO LIVRE S/A)
Os chefes, presidentes, idiotas, covardes ou como preferirem intitulá-los, visando
os seus lucros, poderes, posição social, criam desavenças com um determinado "alvo". A partir de então, surgem as famosas GUERRAS. Uma nação inteira começa, a partir do ínicio da desordem, a viverem ameaçados dia após dia, com alertas de bombardeios, soldados mandados para as batalhas, famílias sendo desfeitas, crianças, jovens, adultos, idosos morrendo. MORRENDO, MORRENDO, MORRENDO.

Será que esta palavra não faz nenhum sentido aos PRESIDENTES DA REPÚBLICA? Eleitos para protegerem uma nação, para zelarem por seus objetivos, e não para MATAREM TODOS.Quantas famílias, cidades, países, culturas, histórias de um lugar, foram totalmente destruídas após uma guerra?
"...Além da rivalidade civil continuada, o Afeganistão sofre de enorme pobreza, de uma infraestrutura devastada, e da exaustão de recursos naturais. Nos últimos dois anos o país sofre com a seca. Estas circunstâncias conduziram três a quatro milhões de afegãos a sofrerem de inanição"
Um país desestruturado após a trágica "brincadeira" entre dois ou mais imbecis dispultando quem pode mais.
Combates feitos em nome de Deus, em nome de Alá, ou em nome do poder, do dinheiro, da bufunfa. Os principais interessados no alvo não participam do combate, assistem tudo de camarote, dando ordens, vendo sua nação se desfazer, e esperando a vitória, para gozarem intimamente do sabor desta, caminhando pelos destroços.
"O ditador Adolf Hitler chegou ao poder enquanto líder de um partido político, o
Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (Nationalsozialistische
Deutsche Arbeiterpartei, ou NSDAP). O termo Nazi é um acrônimo do nome do
partido (vem de National Sozialist). A Alemanha deste período é também conhecida como "Alemanha Nazista" ("Alemanha Nazi" PE) e os partidários do nazismo eram (e são) chamados nazistas (nazis PE)."


" à teoria e prática nazista, e a manutenção, pelos nazistas, de toda a estrutura capitalista da
economia alemã, limitada apenas pelas condicionantes de uma economia de guerra
e pela abordagem àquilo a que os nazistas chamavam o 'problema judeu'."

Desembarcaremos primeiramente na Alemanhã nazista.
Para falar sobre o assunto, sintetizo a obra "A menina que roubava livros". O quarto livro do australiano Marcus Zusak é uma história simples e muito bem escrita.
A morte é a narradora da história, uma narradora homodiegética, pois participa da diegese, mas não como protagonista, e se situa no nível intradiegético. A narradora vai nos contando os encontros com a tal menina que mora em Molching, cidade próxima a Munique, durante a Alemanha nazista.
Liesel Meminger, que chegou em Molching forçadamente, onde sua mãe de sangue a entregou à família Hubermman, aprendeu a ler, com o seu pai adotivo, e a partir disso se torna uma amante da literatura. Passa a ser a melhor atração durante os ataques aéreos sobre a pobre cidade alemã. As leituras dos livros roubados aqui ou ali levam todos a esquecer aquela rotina, cheias de mortes.
Durante a história, há fatos marcantes da época, como o desfile de judeus, que eram como animais, mal tratados, sujos e desnutridos. Um pouco da vida nos campos de batalha, os trabalhos e os riscos que os homens alemães tinham que enfrentarem.
O livro mostra a realidade, não só da época como atualmente, onde as perdas são
grandes para os envolvidos, os que "entraram de gaiatos no navio", e não para os
realmente "interessados" na barbárie.
Saindo de Molching iremos para o Afeganistão:

"O Afeganistão foi invadido e ocupado pela União Soviética em 27 de dezembro de
1979. (...) Nos anos seguintes as forças governamentais e os 118 000 soldados
soviéticos tomam o controle das principais cidades e vias de comunicação, mas
todas as operações militares realizadas revelam-se insuficientes para derrotar os
rebeldes mujahidin nas montanhas (...)"

"O Caçador de Pipas nos permite acreditar que pode existir justiça no mundo" -
Richard Corliss, TIME

The Kite Runner (em português, O caçador de pipas) é o primeiro romance escrito pelo afegão Khaled Hosseini, que atualmente mora na Califórnia, EUA. Publicado pela primeira vez em 2003, é o primeiro romance em inglês escrito por um afegão. O caçador de pipas conta a história de Amir, um garoto Pashtun rico de Wazir Akbar Khan, distrito de Cabul, que é atormentado pela culpa de ter traído seu amigo de infância, Hassan, filho do empregado Hazara do seu pai, Ali. A história tem como cenário uma série de acontecimentos tumultuosos, que começa com a queda da monarquia do Afeganistão decorrente da invasão soviética, a massa de emigrantes refugiados para o Paquistão e para os EUA e a implantação do regime Taliban.
"Apesar da destruição maciça provocada na região, os sovieticos foram forçados a
retirar-se dez anos mais tarde (a 15 de fevereiro de 1989) devido a um exército
desmoralizado e falta de sustentação logística (...) A fase mais recente da guerra
civil afegane - que já dura duas décadas - tem início em 1992(...) em 1996, o Taliban assume o poder e implanta um regime fundamentalista islâmico. Cerca de 1 milhão de pessoas morrem na guerra. Outros 2,5 milhões estão refugiados em países vizinhos."

Pegaremos carona com os emigrantes que fugiram para os EUA e desembarcaremos "in North America".

Ah, os Estados Unidos... UNIDOS? U-N-I-D-O-S???SÓ SE ESTIVEREM UNIDOS PARA DESTRUÍREM O MUNDO.
"Os EUA, que armaram os guerrilheiros islâmicos durante a invasão soviética do
Afeganistão
(1979-1989), agora pressionam o Taliban para que extradite o
milionário saudita Osama Bin Laden, responsabilizado por ataques terroristas a suas
embaixadas na África(...)"

11/09/2001 - O atentado às Torres Gêmeas, cometido em Nova Iorque quando
eram 17 hs e 15m no Afeganistão, não é noticiado nesse país, tornando-se o único a não falar do assunto. Na madrugada do dia 12 de setembro, um bombardeio atribuído por forças da Frente Unida às 1 h e 45m, ataca o Aeroporto de Cabul, sendo transmitido pela CNN. Ele chegou ser atribuído por EUA, que negaram o ataque.
"Os Estados Unidos, forças aliadas e o grupo resistente afegão da Aliança do Norte
lançaram uma campanha militar a 7 de outubro de 2001, às 20 hs e 57m do Afeganistão. Os EUA começaram a bombardear posições militares, caçando e prendendo terroristas no Afeganistão e enviando-os para a base militar na Baía de Guantánamo em Cuba. O governo Bush afirmou que se tratava de combatentes ilegais, e que portanto eles não teriam direito ao tratamento de prisioneiros de guerra, que é regido pelas Convenções de Genebra e reconhece certos direitos básicos, que estariam sendo negados aos presos(...)"

"A operação norte-americana no Afeganistão teve mais sucesso que no Iraque,desmantelando boa parte do grupo terrorista Al Qaeda que estava sediado no país. Contudo, não devolveu a paz que a nação perdeu desde a invasão soviética. As províncias continuam dominadas pelos senhores da guerra, o Taliban reagrupa-se nas escolas islâmicas do outro lado da fronteira com o Paquistão e a administração local está longe de ser eficiente e honesta(...)"
"A principal justificativa para a guerra oferecida pelo presidente norte-americano
George W. Bush, pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, e os seus apoiantes
foi de que o Iraque estava a desenvolver armas de destruição maciça. Estas
armas, argumentava-se, ameaçavam os Estados Unidos, os seus aliados e os seus
interesses(...)"
- OU SERIAM AS BASES PETROLIFERAS?
"No discurso do estado da União de 2003, Bush defendeu que os Estados Unidos
não poderiam esperar até que a ameaça do líder iraquiano Saddam Hussein se
tornasse eminente(...)"
"Após a invasão, no entanto não foi encontrada nenhuma prova da existência de
tais armas.
Para justificar a guerra, alguns responsáveis norte-americanos
referiram também que havia indicações de que existia uma ligação entre Saddam
Hussein e a Al-Qaeda. Apesar disso não foram encontradas provas de nenhuma
ligação substâncial à Al-Qaeda(...)"

(SEM COMENTÁRIOS!!)
Zeitgeist é um termo alemão, que se traduz como espírito do tempo. Significa, em suma, o nível de avanço intelectual e cultural do mundo, em uma época. A pronúncia alemã da palavra é tzaitgaist, de acordo com o Dicionário Escolar Michaelis de Alemão. Em 2007 foi lançado Zeitgeist, o filme, produzido por Peter Joseph que expõe uma série de teorias de conspiração relacionadas ao Cristianismo, ataques de 11 de setembro e a Reserva Federal dos Estados Unidos da América. Foi lançado online livremente via Google Video em Junho de 2007. O filme é dividido em três seções.

Daremos ênfase à Segunda Parte: All The World's a Stage
A segunda parte do filme foca-se nos ataques de 11 de setembro de 2001. O filme opina que governo dos Estados Unidos tinha conhecimento destes ataques e que a queda do World Trade Center foi uma demolição controlada. O filme assegura que a NORAD, entidade responsável da defesa aérea dos Estados Unidos, tinha sido propositadamente baralhada no dia dos ataques com exercício simulado em que os Estados Unidos estavam a ser atacados por aviões seqüestrados.
Terceira Parte: Don't Mind The Men Behind The Curtain
A terceira parte também demonstra, como exemplo, o lucro que foi obtido pelos bancos durante a Primeira Guerra Mundial, Segunda Guerra Mundial, Guerra do Vietnã, Iraque, Afeganistão, e a futura invasão à Venezuela para obtenção de petróleo.
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Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
É assim que me sinto diante de tantas barbaridades, tantas mortes, poderes absurdos, dinheiro, dinheiro, dinheiro, dinheiro.
Sinto nojo do mundo que vivo, das pessoas, das leis, das regras, de tudo.
Sinto nojo da polícia, dos políticos, do ladrão, do contrabandista, do professor autoritário, das pessoas que precisam passar por cima das outras para sentirem o gosto da vitória, para alimentarem seus egos tão pequenos.
Sinto pena do bem, da humildade, das pessoas que são boas de coração, que desejam e pregam a paz.
Me sinto pequena, jogada num mundo tão cruel, recheado de pobreza, mentiras, pornografias, egoísmo, desentendimentos, capitalismo.
Quem se importa com o príncipio? quem se importa com a origem?

WE LIVE IN A BEAUTIFUL WORLD - COLDPLAY
Um mundo lindo sim, cheio de coisas boas, paisagens maravilhosas, culturas ricas, pessoas boas. Mas para que? se isso se torna invisível aos olhos de quem prefere as cinzas desde que o dinheiro esteja VIVO, VIVO E VIVO!
PAZ do Lat. pace
s. f., estado de um país que não está em guerra;
tranquilidade pública;
cessação de hostilidades;
serenidade de espírito;
boa harmonia;
sossego;
conciliação;
concórdia;
união;
silêncio.
- podre: paz aparente.

SOLDADO DA PAZ - CIDADE NEGRA


Não há perigo
Que vá nos parar
Se o bom de viver
É estar vivo
Ter amor, ter abrigo
Ter sonhos, ter motivos
Prá cantar
Ah! Ah!...

Armas no chão
Flores nas mãos
Mas se o bom de viver
É estar vivo
Ter amor, ter abrigo
Vivendo em paz
Prontos prá lutar
Ah! Ah!...
O soldado da paz
Não pode ser derrotado
Ainda que a guerra
Pareça perdida
Pois quanto mais
Se sacrifica a vida
Mais a vida e o tempo
São os seus aliados...



"TODOS SOMOS FILHOS DE DEUS, SÓ NÃO FALAMOS AS MESMAS LÍNGUAS"
(O mundo / André Abujanra )
Texto: Carolina Zaiat

Drummond e Lispector

- Corrigindo o meu pequeno deslize em citar o "sotaque" lispectoriano! hehe

Clarice Lispector, como Guimarães Rosa, acrescentou de forma extraordinária a escrita brasileira à nossa língua, à "pátria" de Fernando Pessoa. Mas quando falava, pensavam que era estrangeira. E ela, que é uma aurora em nossa literatura, tinha muita dificuldade em pronunciar essa bela palavra.
A minha primeira língua foi o português. Se eu falo russo? Não, não absolutamente.( ...) eu tenho a língua presa. (...) algumas pessoas me perguntavam se eu era francesa, por causa desses meus erres. (Entrevista)
A brasileira Clarice, que só por acaso nasceu em uma cidadezinha da Ucrânia, dominava o inglês e o francês, mas só escreveu em português, a sua, a nossa língua materna e, que se saiba, nunca falou iídiche ou hebraico. Uma vez alfabetizada, tornou-se logo uma leitora voraz.



Clarice
veio de um mistério.
partiu para outro.
Ficamos sem saber a
essência do mistério.
Ou o mistério não era essencial,
era Clarice viajando nele.
Carlos Drummond de Andrade

Bom, aproveitando a deixa, vamos falar um pouco de Drummond!


Mãos Dadas
Não serei o poeta de um mundo caduco.

Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.

O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,a vida presente.
C. D. Andrade

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Viver o presente.
Somente o presente.
O poema de Carlos Drummond de Andrade nos mostra isso. Viver o presente, não se apegar ao passado e nem idealizar o futuro.
Os companheiros estão silenciosos mas com esperanças, idéias opostas para mostrar que mesmo com a tristeza (taciturnos: silênciosos, calados, porque estavam tristes), ainda havia esperança, porque o presente é grande e devido a essa grandeza, há esperança!
Não podemos nos afastar, nem dos nossos companheiros, e nem do tempo. O passado, presente e futuro têm que caminharem de mãos dadas!

De acordo com o estudo da lingüística, o passado, e futuro não existem. Pois todas as vezes que nos referimos ao passado e ao futuro, estamos no presente. Sempre que você fala do passado, você não volta nele, e quando idealiza o futuro, você deixa de viver o presente. Tudo é presente, ontem é presente e amanhã é presente. Pois nos referimos a eles no presente, e quando formos viver "o futuro", não será mais amanhã e sim presente.
Mas não existe só presente.
Se não houvesse passado, certamente não haveria o presente. No nosso presente carregamos marcas do passado, não podemos voltar a vivê-lo, é claro, mas as marcas estão presentes.
Não podemos simplesmente excluir o passado e futuro, como alguns linguistas acreditam.

O tempo existe, estando nós contra ou a favor dele. Não podemos ultrapassar o tempo, nem voltar ao que já foi feito. Tudo está mudando. O que existe agora simplesmente não existirá amanhã!
E o velho clichê não desiste de ressaltar : "não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje".


Carolina Zaiat

A perfeição

A perfeição - Clarice Lispector
O que me tranqüiliza é que tudo o que existe, existe com uma precisão absoluta.
O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete não transborda nem uma fração de milímetro além do tamanho de uma cabeça de alfinete.
Tudo o que existe é de uma grande exatidão.
Pena é que a maior parte do que existe com essa exatidão nos é tecnicamente invisível.
O bom é que a verdade chega a nós como um sentido secreto das coisas.
Nós terminamos adivinhando, confusos, a perfeição.


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Acordei com Clarice na cabeça.
Clarice na cabeça, na escrita, no papel, na imagem.
Entrevista.
Clarice morta quando viva.
Vivia e morria, morria e vivia! Sempre.
Quando escrevia, renascia.
E morria novamente.

única, Clarice.
Sempre. Com seu sotaque, sua beleza, sua fantasia, sua escrita, sua modestia...
Nunca se assumiu como uma escritoria profissional. Dizia que, se fizesse isso, perderia sua liberdade!
Começou a escrever contos infantis a partir de um pedido de seu filho. Escreveu e guardou, não achou a escrita boa, digna de publicação.
Preferia conversar com crianças, adorava a fantasia. Quando conversava com os adultos, achava difícil, pois era como se conversasse com ela mesma, na sua mais profunda intimidade.
Não se sentia só, dizia que era alegre na maioria das vezes. Se estava cansada, era triste.
Hoje, morta realmente, sua palavra continua viva em todos!

Carolina Zaiat

segunda-feira, 28 de abril de 2008

é pique, é pique!


Todo dia é sempre um ótimo dia para recomeçar...
Respirarmos profundamente e sentirmos o cheiro da vida...
Tomar aquele café da manhã gostoso, com o sol batendo na janela...
Sairmos de casa, com os passos firmes na direção certa...
Encontrarmos pessoas que encherão nosso dia de coisas boas e outras que tentarão nos deixar para baixo...
Cumprirmos com nossas obrigações com todo prazer e sermos gratos por termos saúde e vitalidade para exercê-las...
No fim do dia, sentirmos a tranquilidade de termos feito o que podiamos...
Passar o tempo com pessoas que amamos e que valem a pena!
E no outro dia, recomeçar...
sabendo que estamos vivos e nada é maior do que a nossa vontade de vencer na vida e sermos felizes!

Espero que seu dia seja sempre assim, Ma... pois vc merece muito sucesso, muito amor, muita coisa boa!
Ficou meio "auto ajuda", mas escrevi para você o que foi vindo na minha cabeça! Espero que goste!
FELIZ ANIVERSÁRIO!!!!

Festival de Vinhos e Queijos em Ouro Preto

Entre os dias 24 e 27 de Abril aconteceu em Ouro Preto o Festival de Vinhos e Queijos. Uma grande e bonita estrutura foi montada no estacionamento do Centro de Convenções da Ufop abrigando vários estabelecimentos que serviam além de vinhos e queijos, variados tipos de comes e bebes.
Manifestações culturais também marcaram presença, ótimos cantores de MPB da região, bandas, grupos de dança e grupos teatrais abrilhantaram o evento!

domingo, 27 de abril de 2008

Inquietação


Até quando você é você? Desde quando você é você? Sabe onde perdeu suas origens, suas vontades e passou a ser vontade dos outros?

Nós sempre fomos fruto da vontade dos outros, desde a concepção sexual, fomos fruto do desejo de nossos pais.

Somos o que nos convém diante da sociedade. Onde está o domínio da nossa vida? O que você faz por si?

Bumerangue


Construimos nossa identidade através da cultura. Dá para imaginar no que vamos nos tornar. Tudo que vai volta.

Dominados

- "Por que, geralmente, os alunos não aprendem a interpretar textos no Ensino Fundamental e no Ensino Médio?"

Dominados
O conhecimento, desde a antiguidade, foi um setor destinado a poucos. Ligado ao poder, as pessoas das classes mais baixas eram privadas do saber, pois as classes dominantes não queriam que as outras tivessem o poder de pensar e argumentar.
Sabemos que o saber, o bom estudo, a cultura, de uma maneira geral, sempre foi "privilégio" de poucos, destinado geralmente à elite. A educação pública não pode nem ser comparada com a particular, e quando é, vemos uma significativa diferença.
Os alunos das escolas particulares e públicas não são ensinados a questinarem, interpretarem e debaterem. A partir disso, vemos, um retrocesso, como quando a Igreja Católica dominava a população que não era possibilitada de conhecer e aprender a questionar.
Sem interpretação não há raciocínio e clareza diante dos fatos que nos são expostos. A sedução das antenas a cada dia robotiza mais a população, principalmente os jovens, que ainda estão no processo de formação de idéias. Com a crescente manipulação da mídia e sem aulas de interpretação nas escolas, teremos jovens com um futuro "brilhante", sem questionamentos.
Assim, os dominantes não precisarão ter "dores de cabeça" e nem colocarão em disputa seus poderes. Pois sem interpretação dos fatos não há julgamento de bem e mal ou certo e errado.